sexta-feira, 29 de outubro de 2010

não posso ir ver-te a paris, nem mesmo a madrid

é por isso que me deito com todos os homens que me sorriem

é por isso que não vou às compras nenhum dia da semana

é por isso que escrevo notas de afazeres no meu caderno

não posso ler-te um parágrafo deste livro
nem cheirar-te os sovacos
nem conduzir o teu carro
nem cantar-te ao pequeno almoço
nem fumar os teus cigarros
nem beber golos a tua cerveja
nem esmagar-te quando me enervas
nem olhar para os teus olhos através do meus

não gosto de ti longe

tenho de te inventar todos os dias

é por isso que me apaixono tantas vezes

por ti

mesmo assim choro

porque o que mais me custa é que consigo dormir quando não estás ao meu lado

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