Apetece-me cinco mil
mas é de muito menos
que se faz o meu dia
Ontem à tarde
vi-te guardar
todas as coisas
podres
que me pertenciam
e não pareceste
incomodado
e foi por isso
que eu te amei
naquela meia hora
no café
mas tu sabes que
não posso gostar
tanto de ti todos
os dias
Estava a pensar
em ti
enquanto imaginava
que andava
de autocarro
e vi-te passar com
cara de pessoa
sem sorriso e
lembrei-me que
és a pessoa que
gosto mais vezes
de todas as pessoas
que gosto
mas o mais
inconveniente
é que me fazes
gostar de mim.
é quase inverno
5 comentários:
não tenho muito para dizer, mas é bom ler(-te) com o som da chuva e a buzina dos carros.
um beijo
p.s.-e já agora um abraço para o ivo e um abraço ou beijo (não sei) para aquele anónimo que tanto gostou de nós.
também te reli de relance ontem, também não tenho muito para dizer, e o meu tempo anda muito pequeno. a ver se te vejo, e se estás bem e isso tudo. um beijo para ti e abraço a évora
Cara Maria Inês.
Também gosto muito da tua poesia apesar de mostrar o contrário, e é bom ver que finalmente fizeste uma pequena incursão na Interzona, pelo menos uma Incursão Legalizada e com Passaporte.
Estava-se a tornar demasiado isolada e muito pouco visitada. O madmax tornou-se um gasolinómano.
Mas já percebi que quando as pessoas incutem emoções e sentimentos na sua escrita são mais aprecciados.
Eu cá me vou aguentando com o meu musgo pulmonar, e tu? Como vão maleitas ósseas?
Adicionei à Interzona um Blog de um amigo meu que publica poesia, João Moita seu nome, é da minha terra, e deu-me um exemplar autografado, deve ser o teu género de poesia, ele é muito, muito bom mesmo. Seria simpático deixares um comentário e adicionarem os links de ambos, gosto muito dele.
Relativamente ao facto de falarmos novamente, não vejo impedimento.
Vi também o filme em que o teu amigo entra, encontrei no Nucivo da minha faculdade um vídeo de Trash e Glam português, anos 70, a gozarem com a lenda dos três pastorinhos, do ponto de vista histórico é interessante vermos a cena "trans" em Lusitano.
Bjs Interzonais
madmax.
Também gosto de te ler (aqui) mas não gosto de dizê-lo (embora dito fique) pois não o sei dizer (mesmo que o diga) e o que não sei dizer é, mesmo assim, mais terno e valioso do que o que sei (desajustadamente) dizer.
Por isso não digo este beijo que envio e calo o abraço que ao Ivo enviaria
O João tem um livro que se chama "O vento soprado com sangue". Vale a pena...
Tou a fazer uma cadeira na faculdade com o teu prof de expressão corporal ou lá o que é, o Fernando.
Parece ir fazer uma tese qualquer sobre os autores que o Nabais dá. As aulas são estranhas porque há performances e gajos que fazem teatros nas aulas, e no final pergunto-lhe sempre opiniões técnicas e ele confirma sempre que tudo aquilo é um lixo.
Fico com vontade de saber como devem ser as performances para serem boas uma vez que não percebo nada disso.
Gosto do teu amigo, parece conhecer bem a literatura, suponho que as aulas fossem divertidas, costumo perguntar-lhe como eram os vossos exercícios e coisas do género.
Pina Bauschen, suponho que seja assim que se escreva, é uma referência para ti?
Bjs.
madmax
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